Analysis of the metabolic profile and comorbidities in women with endometriosis before and after surgical treatment / Análise do perfil metabólico e comorbidades em mulheres com endometriose antes e depois do tratamento cirúrgico

Aim: this study aimed to evaluate the effects of surgical treatment for endometriosis on the metabolic profile of women diagnosed with deep endometriosis. Methods: we conducted a prospective observational study with a sample of 30 women in the menacme diagnosed with deep endometriosis who underwent videolaparoscopic surgery in a reference center in Brazil between October 2020 and December 2021. A total of 30 women performed clinical and laboratory tests regarding their metabolic profile on two occasions, during preoperative tests and six months after video-laparoscopy. Results: patients had lower average levels of Total Cholesterol (TC), Low-Density Cholesterol (LDL-c), Triglycerides (TGC), and Fasting Glycemia (FG) after the surgical procedure. The average TC level was 8.2% lower after surgery, LDL-c was 12.8% lower, TGC was 10.9% lower, and FG was 7.3% lower. The results showed a statistically significant difference for all these parameters (p < 0.001). Conclusions: video-laparoscopy was associated with a favorable lipid profile compared to the preoperative lipid profile, with a significant improvement in the average levels of LDL-c, HDL-c, TC, TGC, and FG. Long-term follow-up studies are needed to determine whether surgical treatment for endometriosis can improve the metabolic parameters of women with endometriosis and favor a lower predisposition to atherogenesis.

Objetivo: Aeste estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do tratamento cirúrgico da endometriose no perfil metabólico de mulheres com diagnóstico de endometriose profunda. Métodos: foi realizado um estudo observacional prospectivo com uma amostra de 30 mulheres na menacme, com diagnóstico de endometriose profunda, que foram submetidas à videolaparoscopia em um centro de referência no Brasil, entre outubro de 2020 e dezembro de 2021. As mulheres realizaram exames clínicos e laboratoriais quanto ao seu perfil metabólico em duas ocasiões, durante exames pré-operatórios e seis meses após a videolaparoscopia. Resultados: as pacientes apresentaram níveis médios mais baixos de Colesterol Total (CT), Colesterol de Baixa Densidade (LDL-c), Triglicerídeos (TGC) e Glicemia de Jejum (GJ) após o procedimento cirúrgico. O nível médio de CT foi 8,2% menor após a cirurgia, o LDL-c foi 12,8% menor, o TGC foi 10,9% menor e a GJ foi 7,3% menor. Os resultados mostraram diferença estatisticamente significativa para todos esses parâmetros (p < 0,001). Conclusões: a videolaparoscopia foi associada a um perfil lipídico favorável em comparação ao perfil lipídico pré-operatório, com melhora significativa nos níveis médios de LDL-c, HDL-c, CT, TGC e GJ. Estudos de acompanhamento a longo prazo são necessários para determinar se o tratamento cirúrgico da endometriose pode melhorar os parâmetros metabólicos de mulheres com endometriose e favorecer uma menor predisposição à aterogênese.

Polycystic Ovary Syndrome and Metabolic Syndrome: Clinical and Laboratory Findings and Non-Alcoholic Fatty Liver Disease Assessed by Elastography / Síndrome dos ovários policísticos e síndrome metabólica: Achados clínicos e laboratoriais e doença hepática gordurosa não alcoólica avaliada por elastografia

Abstract Objective To evaluate the association between polycystic ovary syndrome (PCOS) and metabolic syndrome (MetS), adding liver assessment through elastography and ultrasound, for correlation with non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). Metabolic syndrome occurs in~43% of women with PCOS, and NAFLD is the hepatic expression of MetS. Methods One hundred women, 50 with PCOS and 50 controls, matched by age (18- 35 years) and body mass index (BMI) were included, restricted to patients with overweight and obesity grade 1, at the Assis Chateaubrian Maternity School, Universidade Federal do Ceará, Brazil. For the diagnosis of PCOS, we adopted the Rotterdam criteria, and for the diagnosis of MetS, the criteria of the National Cholesterol Education Program (NCEP/ATP III). Hepatic elastography and ultrasound were performed to assess liver stiffness and echotexture, respectively. Results The average ages were 29.1 (±5.3) and 30.54 (±4.39) years, for the PCOS and the control group, respectively. Patients with PCOS had a risk 4 times higher of having MetS, odds ratio (95% confidence interval)=4.14, than those in the control group. Women with PCOS had higher average of abdominal circumference (100.9±9.08 cm vs 94.96±6.99 cm) and triglycerides (162±54.63 mg/dL vs 137.54±36.91mg/dL) and lower average of HDL cholesterol (45.66±6.88 mg/dL vs 49.78±7.05 mg/dL), with statistically significant difference. Hepatic steatosis was observed on ultrasound in women with PCOS; however, with no statistically significant difference. There was no change to NAFLD at elastography in any group. Conclusion Women with PCOS had 4-fold higher frequency of MetS andmore hepatic steatosis, with no statistically significant difference. There was no change in liver stiffness between the groups at elastography. The results can be extended only to populations of overweight and obesity grade 1, with PCOS or not. They cannot be generalized to other untested groups.

Resumo Objetivo Avaliar a associação entre a síndrome do ovário policístico (SOP) e a síndrome metabólica (SM), agregando avaliação do fígado por elastografia e ultrassonografia, para correlação com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A SM ocorre em cerca de 43% dasmulheres comSOP, e DHGNA é a expressão hepática da SM. Métodos Foramincluídas 100 mulheres, pareadas por idade (18-35 anos) e índice de massa corporal (IMC), 50 comSOP e 50 controles com sobrepeso e obesidade grau I, na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Brasil. Para o diagnóstico de SOP, adotamos os critérios de Rotterdam e, para o diagnóstico de SM, os critérios do National Cholesterol Education Program (NCEP/ATP III). Elastografia hepática e ultrassonografia foram realizadas para avaliar a rigidez e a ecotextura do fígado, respectivamente. Resultados As médias de idade foram de 29,1 (±5,3) e 30,54 (±4,39) anos para os grupos SOP e controle, respectivamente. Pacientes com SOP apresentaram risco 4 vezes maior de SM do que aquelas no grupo controle [[razão de chances (intervalo de confiança de 95%) = 4,14]. Mulheres com SOP tiveram maior média de circunferência abdominal (100,9±9,08cm vs 94,96±6,99 cm) e triglicérides (162±54,63 mg/dL vs 137,54±36,91 mg/dL) e menor média de colesterol HDL (45,66±6,88 mg/dL vs 49,78±7,05mg/dL), com diferença estatisticamente significativa. Esteatose hepática foi observada em ultrassonografias de mulheres com SOP, porém sem diferença estatisticamente significativa. Não houve mudança para DHGNA na elastografia em nenhum dos grupos. Conclusão Mulheres com SOP tiveram frequência quatro vezes maior de SM e mais esteatose hepática, sem diferença estatisticamente significativa. Não houve mudança na rigidez do fígado entre os grupos na elastografia. Os resultados podem ser estendidos apenas a populações com sobrepeso e obesidade grau 1, com SOP ou não. Eles não podem ser generalizados para outros grupos não testados.